De 30 de maio a 2 de junho teve lugar no MMACA em Cornellà, Catalunha, uma reunião dos membros do projeto Numeric[all].
Os principais objectivos da reunião foram rever as plantas, as placas e as instruções do kit de criação DIY associado a cada um dos 16 módulos da exposição.
Durante 4 sessões de cerca de 4 horas, em dois grupos, analisámos as propostas uma a uma, discutindo possíveis melhorias, reflectindo e começando a conceber as actividades que podem ser realizadas na sala de aula e que farão parte do guia didático do projeto (actividades C1). Com efeito, os tabuleiros de exposiçao devem ser sempre um ponto de partida para motivar e desencadear uma discussão. O aprofundamento posterior torna visível o alcance e as possibilidades da proposta e pode também levar a uma modificação posterior. Um material ou recurso pode ser motivador ou não, dependendo da forma como é utilizado e como é apresentado.
A heterogeneidade dos grupos formados pelos membros do projeto e as suas diferentes perspectivas significaram que as conversas geradas enriqueceram muito os resultados. Qualquer processo criativo deste género é iterativo e necessita de várias revisões para aperfeiçoar os módulos até que uma versão seja suficientemente convincente para todos.
Quanto mais pessoas experimentam, mais contributos recebemos e mais percebemos que módulos devem ser modificados, quais são atractivos e quais não são, a adequação do seu grau de dificuldade e as interpretações a que a informação que contêm dá origem. Os módulos de um museu são um recurso didático que se considera válido a longo prazo, quase sempre após várias modificações.
Em termos concretos, a nível organizacional, foi fornecido aos participantes um modelo onde um representante de cada grupo escreveu os comentários que surgiram.
Ao mesmo tempo, outro membro ficou encarregue de fazer as modificações acordadas nos ficheiros.
Quanto aos tabuleiros, o texto foi revisto, tentando utilizar frases claras, curtas e auto-explicativas, seguindo as orientações para os tornar inclusivos, e para garantir que as medidas das imagens correspondiam às medidas do material associado ao módulo. Foram especificados os desenhos das iconografias a acrescentar aos tabuleiros, representando a ideia principal do desafio que representam, de modo a facilitar a interpretação do quadro por parte dos adultos analfabetos.
Decidiu-se separar alguns dos tabuleiros em 2, para evitar tabuleiroscarregados de demasiada informação.
Na revisão dos DIY, houve o cuidado de garantir a clareza e a precisão das instruções e a adequação dos materiais e das opções propostas. Pusemos todos mãos à obra, cortando, dobrando e colando peças.
Foi dedicada uma tarde inteira à impressão 3D. Analisaram-se as propostas dos diferentes grupos que tinham feito desenhos em 3D dos módulos, analisando as vantagens e desvantagens de cada uma das propostas para decidir qual seria a final. Foi também decidido quais dos módulos teriam versões impressas em 3D e quais não teriam.
Se bem que tenham sido feitos muitos progressos, à medida que os materiais forem sendo testados, é possível que sejam detectados mais aspectos que precisem de ser modificados, uma vez que os utilizadores finais são quem tem a palavra final, porque este material se destina a eles, e as nossas visões podem ter um certo preconceito.
Uma vez efectuadas as alterações resultantes desta reunião, o primeiro teste com estas novas versões teve lugar no MMACA a 14 de junho deste ano.